Que Calor!
Andar pela cidade sob o sol é algo horrível. Quando percebemos o suor escorre pelas costas, a maquiagem parece pesar uma tonelada, o cabelo que gruda na pele e a vontade é de ficar completamente nua. Pior ainda é estar sobre um salto alto, uma saia justa e a calcinha saindo do lugar.
Já estava para lá de irritada quando resolvi entrar com o Lu numa lanchonete e pedir algo bem gelado. Aproveitei e fui ao banheiro, lavei o rosto, refiz a maquiagem, arrumei o cabelo, coloquei a calcinha no lugar, voltei para frente do espelho e foi o tempo para a maldita calcinha sair do lugar novamente. Não pensei duas vezes, com toda a irritação acumulada até ali, simplesmente levantei a saia, tirei a calcinha, a coloquei na bolsa e me senti livre. Como um pedacinho de pano tão pequeno pode nos incomodar tanto?
Voltei para a lanchonete e sentei à mesa, desfrutando do ar condicionado, minha bebida e a liberdade de estar sem a calcinha. Fiquei ali, completamente alheia à minha volta. Já refeita, paguei a conta e fui em direção ao estacionamento.
Durante o percurso, senti olhares insistentes do Luciano, mas não me ative a nenhum deles. Ao chegar ao carro, ele me segura pelo braço, já com o corpo completamente colado ao meu, sussurra em meu ouvido: "Onde foi parar a tua calcinha?", eu já excitada respondo: "Na bolsa", ele retruca: "Então vamos ver como fica a pele sob a saia, entra no carro". Não penso duas vezes para entrar no carro, ao abrir a porta sou empurrada para dentro, tendo meu rosto voltado e um beijo tão profundo e intenso que me deixa tonta.
A mão grande, com um toque rude, sobe pela minha coxa, me tirando gemidos de prazer, até que toca minha vagina, com segurança e firmeza, a encontrando já molhada, pronta a receber o dedo que invade seu interior, inspecionando, instigando, me deixando louca, enquanto a outra mão encontra o botão da minha camisa, a desabotoando e encontrando meu seio já inchado e desejoso.
Tudo acontecia numa velocidade alucinante, e nem nos dávamos conta de que estávamos a plena luz do dia, dentro de um carro, em um estacionamento qualquer, de uma cidade movimenta, e que poderíamos ser pegos (talvez que isso nos excitasse ainda mais, se ao menos parássemos para pensar no assunto) a qualquer momento.
Minhas mãos frenéticas procuravam desatar o cinto, abrir o botão, abaixar o fechecler, aquele espaço pequeno, impossibilitando a mobilidade, tudo contribuía para o sangue jorrar forte na corrente sanguínea e a loucura tomar conta de nós dois.
Finalmente encontramos uma posição e conseguimos saciar a fome que nos consumia, me senti invadir por ele, não com delicadeza, mas com paixão e violência, e não muito depois, explodi num gozo alucinante, acompanhada por ele pouco depois.
Já saciados, recuperando a respiração, olhamos um para o outro e rimos, realmente
somos loucos, mas que delicia de loucura. Ele desliza os dedos pelo meu rosto,
afasta uma mecha do meu cabelo, e pergunta na maior inocência: "Como foi
seu dia, baby?".