Amigas Íntimas
Pois estávamos eu e a Carol dançando em um sábado qualquer. Eu ali, desligada como sempre, quando ela falou no meu ouvido:
- O carinha ali gostou de ti.
Procurei o tal carinha de quem ela falava. Era um rapaz bonito, tanto de rosto quanto de corpo, e realmente estava me olhando. Quando nossos olhares se cruzaram, ele sorriu. Fiquei um pouco encabulada, mas retribuí o sorriso.
Ele não se aproximou, e nem eu. Continuei dançando. De vez em quando olhava para ele, mais para ter certeza que estava sendo observada, do que por interesse nele. Posso dizer que eu e a Carol chamamos atenção. Duas mulheres bonitas, bem vestidas e sensuais. Para ser sincera, acho a Carol mais bonita que eu. Não sei qual a razão do interesse dele em mim.
A Carol é bem maluquinha, quando ela quer aprontar alguma ninguém segura. Começou a me incentivar, dizendo que eu deveria me exibir mais para o rapaz. Eu, já com alguns litros de tequila a mais, me deixei levar. Dançava mais e mais.
Sei que a maioria dos homens gostam de ver mulheres dançando, duas juntas então, nem se fala. A Carol também sabe, tanto que dançava cada vez mais perto de mim e passou a paquerar o rapaz.
Gosto de me sentir desejada, e a situação estava me excitando. Tenho certeza que o rapaz sentia o mesmo. Lá pelas tantas, o ritmo diminuiu um pouco e passamos, Carol e eu, a dançar juntas. Nossas pernas se tocavam, assim como nossos seios, e a mão dela nas minhas costas era leve e macia. Olhei para ela, e os olhos fechados e a boca entreaberta a condenavam: ela estava excitada também.
Não sei quem tomou a iniciativa. Só sei que quando vi estávamos nos beijando. Nunca tinha beijado uma mulher antes, e a maciez e o gosto da sua boca me impressionaram. Senti uma descarga de tesão percorrendo meu corpo, uma sensação totalmente diferente da que sinto quando beijo o Luciano.
A música terminou, outra começou, e continuamos ali, naquele beijo longo e prazeroso. Quando finalmente nos desgrudamos, um misto de constrangimento e excitação, instintivamente procuramos o rapaz. Ele não estava mais lá. Carol riu, e eu fiquei toda arrepiada quando ela veio e sussurrou para mim: - Que burro! Podia ter se divertido conosco!
Logo depois do beijo, acho que desconcertadas que ficamos, acabamos indo para casa. Cada uma para sua. Contei para o Lu e ele me masturbou loucamente naquela noite, dizendo para imaginar o que poderíamos ter feito. Mais beijos, toques, sua boca nos meus seios, minha língua nos dela, nossas bocetas se tocando... Tudo isso passava pela minha cabeça enquanto ele enfiava dois dedos dentro de mim e esfregava loucamente meu clitóris. Gozei, cansada e suada, quase que arrependida de não ter curtido aquela aventura até o fim.
Mas no dia seguinte uma espécie de culpa tomou conta de mim. Claro que nenhuma de nós duas fomos forçadas a fazer nada. E pelo beijo, ela tinha gostado e queria ele tanto quanto eu. Mas era inevitável pensar que isso poderia acabar com a nossa amizade.
Não nos falamos logo que acordamos como sempre acontecia. Sim, toda vez que saímos juntas e aprontávamos alguma, a primeira que acordava ligava para outra, para relembrarmos e nos divertirmos com o que acontecera. Não sabia se ela já tinha acordado, mas eu estava sem coragem de telefonar para ela.
Passei o dia todo apreensiva. Até que no final da tarde o telefone tocou. Era ela. Eu atendi tentando parecer o mais normal possível, mas ela que sempre já fazia uma brincadeira logo de cara, estava séria. Disse que precisávamos nos encontrar. Eu concordei com ela, e ela pediu que fosse até sua casa. Concordei, era melhor fazer alguma coisa para acabar logo com aquele mal estar.
Quando cheguei lá, começamos a nos explicarmos juntas. "Não quero que estrague nossa amizade", "Não fique pensando que nestes anos todos fiquei cuidando você", "Não sou lésbica"... E acabamos caindo na risada por estarmos tão preocupadas uma com a outra. Nos abraçamos para acabar de vez com qualquer mal estar. E quando meu rosto tocou no dela, a imagem e a sensação da noite anterior voltaram na minha cabeça. Ainda abraçada nela, falei: "Mas que fique claro que você tem um beijo muito gostoso!".
Eu poderia dizer que falei isso de brincadeira, afinal já estávamos rindo do acontecido. Mas não foi. Naquele momento desejei o beijo dela de novo. Acho que em um primeiro momento, ela achou que fosse de brincadeira. Mas depois ela olhou bem nos meus olhos, depois para minha boca, e me beijou.
Que delícia sentir o toque dos lábios dela novamente. Sua boca era quente e macia, e embora eu adore muito beijar meu homem, um beijo feminino é diferente. Não que seja melhor, mas diferente.
Minha boca desceu pelo seu pescoço, sentindo seu perfume e sua pele se arrepiando ao meu toque. Seus dedos entre meus cabelos e seus gemidos sensuais me encorajavam a ir adiante. A visão dos seus seios pelo decote era um convite a tocá-los. Levei minha boca até eles, enquanto Carol os liberava da blusa que estava usando. Toquei meus lábios e minha língua pela primeira vez em seios que não fossem os meus (sim, eu consigo alcançar minha língua nos meus mamilos). Uma sensação deliciosa sentir seus biquinhos durinhos entre meus lábios. Chupei e lambi com carinho, enquanto Carol se esforçava para tirar minhas roupas.
Suas mãos agora tocavam meus seios e minha barriga, descendo à procura da minha buceta, a encontrou molhada, como se implorasse para ser explorada. Nos beijávamos de novo, agora com ela massageando meu clitóris e eu mexendo levemente os quadris no ritmo do seu toque. Juntei meus seios ao dela e esfreguei meus mamilos nos dela.
Sem parar de tocar minha buceta ela abocanhou meus seios. Chupava forte, arrancando de mim gemidos de prazer. Sua boca foi pela minha barriga, lambendo minha pele, até chegar à minha vagina, então abriu com os dedos e sugou meu clitóris. Tive que me segurar para não ter um orgasmo instantâneo. Levei minha mão até sua buceta, sentindo também pela primeira vez como era tocar em uma vagina. Tremendo de desejo a puxei sobre mim, desejando mais do que nunca sentir que gosto ela teria.
Fizemos um 69 delicioso, como se conhecêssemos o corpo uma da outra desde sempre. Chegamos ao orgasmo praticamente juntas, cada uma com dois dedos dentro da outra e a língua sem parar de mexer. Depois ficamos abraçadas, sem falar nada, ainda absorvendo o que tinha acontecido entre nós.